Acordamos por volta de 7h30, fomos a uma venda/padaria e
compramos nosso café da manhã (não tínhamos no hotel). Voltamos ao hotel e
comemos na cozinha de uso comum dos hóspedes.
Passamos em uma agência, alugamos duas bicicletas (4 mil
pesos cada) e compramos um passeio para o fim da tarde (8 mil pesos cada). Este
passeio iria ao Vale de la Luna, Vale da Muerte, uma caverna no Parque Nacional
Los Flamingos, a escultura de pedra chamada Três Marias e veríamos um belo
pôr-do-sol.
Pegamos as bikes. A Loirinha estava preocupada se daria
conta de passear de bike, pelas contas dela faziam mais de 20 anos que ela não
pedalava.
Após um inicio vacilante, normal para quem não andava de
bicicleta a tanto tempo, ela foi pegando confiança e o passeio só não foi 100%
pois nossos bumbuns doeram bastante devido ao tempo em que não pedalávamos.
O primeiro lugar a que fomos foi o Pozo 3, a 3km da cidade.
Pelo mapa e pela indicação do rapaz da agência achamos que era um poço natural
com água para nos banharmos. Pegamos a estrada que vai ao Passo Jama e à divisa
coma Argentina e pedalamos até o local. Para facilitar a readaptação da
Loirinha às bikes a estrada era plana neste trecho e com um bom asfalto no
acostamento. Nem os carros que passaram nos atrapalharam.
Chegamos ao Pazo 3 e para nossa decepção o local é como um
clube com piscinas, áreas para churrasqueiras, barracas e um monte de gente.
Demos meia volta e resolvemos ir a Pukara de Quitor, ruínas
de um povo atacamenho que viveu a muitos anos atrás e que sucumbiu aos Incas e
logo após aos Espanhóis.
Pukara de Quitor também fica a 3km de San Pedro, mas do lado
oposto ao Pozo 3.
Voltamos a cidade, compramos mais água (mil pesos, 1,5litro)
e pedalamos pela estrada de terra até Pukara de Quitor.
Estacionamos as bikes,
pagamos 3 mil pesos para entrar e fomos visitar Pukara de Quitor. O sítio
histórico se divide em dois caminho, subindo dois morros. O primeiro passa por
entre as ruínas das casas onde cerca de 600 pessoas viveram. Subimos com muito
esforço devido a inclinação, ao sol e ao cansaço. Mas chegamos ao cume.
Descemos e fomos subir o outro morro que leva a um mirante.
Esse segundo morro é bem maior, seu caminho é mais longo, porém menos íngreme
que o primeiro.
O visual vai ficando cada vez mais bonito a medida que
subimos. Se pode ver parte do Vale de la Muerte e da estrada que vai a Calama.
No alto do morro existe um monumento ao povo de Quitor.
Descemos, pegamos as bikes e voltamos a San Pedro. Chegando
lá devolvemos as bicicletas, compramos água, pão, presunto, queijo e leite com
chocolate para o café da manhã do dia seguinte, fomos ao hotel, tomamos banho e
nos vestimos para o passeio do fim de tarde (das 16h às 20h30).
O aluguel e passeio de bicicletas foi bastante relacionado como livro que tinha acabado de ler no dia anterior.
O aluguel e passeio de bicicletas foi bastante relacionado como livro que tinha acabado de ler no dia anterior.
Subimos para a agência que nos direcionou ao local de
encontro dos turistas que fariam o mesmo passeio.
Embarcamos em um micro ônibus, guiados pelo guia-motorista
Felipe e fomos até o Vale de la Luna.
O local é bastante curioso, com formações que realmente
lembram o solo lunar. Quem deu esse nome foi um padre belga chamado Gustave Le
Plaige, que foi a muito tempo atrás a San Pedro.
De lá fomos ao Vale de la Muerte, o local teve esse nome
também devido a Le Plaige, mas ele havia dito Vale de Marte, mas como sua
pronuncia (ele falava francês) era mal entendida pelos atacamenhos e o nome
ficou muerte.
Descemos do micro ônibus e fomos um bom trecho descendo um
vale a pé, houve momentos em que o vento era tão forte que levava areia a
nossos corpos e chegava a doer. Acho que vou ficar com areia no ouvido por um
bom tempo.
No fim da descida, perto de onde o micro iria nos pegar (após dar a
volta por fora do vale) um grande grupo de pessoas descia as dunas de sand board,
inclusive os brasileiros de Uberaba.
O local é muito bacana e inusitado, mas uma visão chamou-me
sobremaneira a atenção, um casal com uma Land Rover fazia um lanche à sombra de
seu veículo apreciando as pessoas descerem as dunas. A Land Rover tinha placa
da Suíça. Um dia ainda vamos fazer uma viagem assim...
Voltamos ao micro e fomos a entrada do Parque Nacional Los
Flamingos (2 mil pesos/cada). Lá fomos atravessar uma caverna pequena porém
super apertada em determinados pontos. O guia não tinha lanterna para nós,
pediu desculpas e solicitou ajuda ao turista que tivesse qualquer tipo de
iluminação. Foi divertido atravessar a caverna com pouca luz.
Voltamos ao micro passando por cima da caverna.
Seguimos caminho até umas formações rochosas chamadas Três
Marias, mais uma vez Gustave Le Plaige foi quem deu esse nome.
Saímos do parque e voltamos a estrada que margeia os vales
de la Luna e de la Muerte. Em um acostamento da estrada apreciamos um lindo
pôr-do-sol.
O local tradicional para se ver o pôr-do-sol é uma grande
duna ainda dentro do parque, mas o guia disse-nos que estaria com cerca de
quatrocentas pessoas, por isso levou-nos a um lugar com menos gente e tão
bonito quanto.
Voltamos a San Pedro já de noite, fomos direto a um
restaurante na praça e comemos outra pizza, desta vez com dois chopes da
cerveja Cristal.
Passamos na rua para pedestres e compramos uma garrafa de
vinho (2 mil pesos) e fomos para o hotel.
Tomamos o vinho enquanto arrumávamos as malas para irmos
embora no dia seguinte.
Dormimos por volta das 23h.
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